11 de set. de 2010

Projeto Olhar Circular traz Renato Soares para ministrar palestra

Por Valéria Freitas

O fotógrafo profissional tem levado aos quatro cantos do mundo o talento mineiro através das imagens captadas por suas lentes.

Dentro das atividades do Projeto acontece na quarta-feira, dia 22, das 16 às 18 horas, no teatro do Instituto Cultural Companhia Bella de Artes palestra com o fotografo profissional Renato Soares. "Antropologia Visual - O estudo do homem através da imagem"  e o ingresso custa R$ 5,00. O Instituto fica na rua Prefeito Chagas, Edifício Machattan- PL.

Conheça Renato Soares

O gosto pela Arqueologia e Museologia foi uma conseqüência natural da ligação íntima com os povos indígenas que Renato Soares teve quanto esteve em viagem às regiões Norte e Centro-oeste do Brasil, e que resultou no livro “Krahô, os Filhos da Terra”. Renato é um talento mineiro que vêm se destacando no cenário das artes visuais. Fotógrafo e documentarista da arte e cultura brasileiras, que desde 1986 percorre regiões insólitas e não menos belas do território nacional para registrar a diversidade biológica de plantas e animais; grupos étnicos com seus ritos e costumes; o povo de cada canto no caldeirão de raças e tradições do País.
Entre os trabalhos de museologia destacam-se as publicações dos livros: Pavilhão da Criatividade da Fundação Memorial da América Latina – SP 1999, e Sondagem na Alma do Povo – Acervo de Arte Popular Brasileira do Museu Edison Carneiro – RJ 2005.
Desenvolveu grande pesquisa em Minas Gerais sobre a arte religiosa de Mestre Athaíde. No Amazonas, trabalhou junto ao Departamento de Medicina Tropical do Instituto Oswaldo Cruz, que investiga a endemia da Doença de Chagas na região do Alto e Médio Rio Negro. Foi colaborador da “Scientific American” Brasil e atualmente tem publicado em revistas de grande expressão editorial, como a National Geographic. Suas imagens da biodiversidade amazônica e de rituais indígenas ganharam o mundo, por meio das exposições Amazônia Brasil - Palais de la Découvert - A Espace Amazonie e a Réalité et Futur, Ano do Brasil na França - Paris, e O Último Kuarup (Xingu) mostra de painéis fotográficos sobre o Kuarup do sertanista Orlando Villas Bôas, em Los Angeles - 2005. No Brasil, a mesma exposição esteve no Masp, Museu de Arte de São Paulo, por ocasião do lançamento do livro póstumo de memórias “Orlando Villas Bôas - Histórias e Causos” - Editores FTD, Out.2005.
Renato Soares busca, além da perfeição estética das imagens, expressar a história que existe por trás do objeto fotografado. O fotógrafo reúne atualmente mais de 250 mil fotografias captadas por suas lentes em viagens que traçam um perfil sócio-ambiental do país. A biodiversidade amazônica e do cerrado, bem como etnias que habitam o Norte e o Centro-Oeste brasileiro, tem sido temáticas constantes. O folclore, a arte popular, a arquitetura e a caracterização de costumes regionais também ganham especial destaque no acervo. Vale ressaltar seu criterioso trabalho de documentação científica e museológica. Suas mostras já percorreram vários estados brasileiros e outros países.

MAR E OURO DE MINAS – NOVO LANÇAMENTO
Nos últimos dez anos, Renato Soares dedicou-se também a um projeto pessoal, o de mostrar a beleza geográfica e a cultura popular de uma região particular no sul de Minas Gerais, carinhosamente chamada de Mar de Minas. O sonho antigo materializou-se numa bela obra fotográfica. O livro Mar de Minas, produzido pela Editora Empresa das Artes, traz mais de 170 imagens distribuídas em 236 páginas. Com textos poéticos, a publicação é um presente para os olhos e outros sentidos, ao despertar lembranças que remetem à infância na roça, ao carro de boi, à lida no campo - às lavouras do milho, do café e do tabaco -, às festas populares e religiosas, aos quitutes mineiros e às águas que um dia chegaram e cobriram terras. Atualmente Renato Soares trabalha no projeto fotográfico que traduz a riqueza da cachaça mineira. As fotografias são um retrato dos alambiques do Estado e desta riqueza brasileira, que é bem a cara de Minas. As fotos traduzem bem a cultura artesanal da elaboração da bebida no livro do fotógrafo que irá se chamar Cachaça - Ouro de Minas.

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